OS LORENAS EM PORTUGAL

D.NUNO ALVARES PEREIRA DE MELO e D.MARGARIDA ARMANDA DE LORENA


OS LORENAS EM PORTUGAL

Os Lorenas são provenientes daquela região da França de mesmo nome, mas os que vieram para o Brasil eram nobres portugueses. Como adquiriram a nacionalidade portuguesa nossos antepassados franceses?
Encontramos um primeiro registro da presença de Lorenas na corte portuguesa na pessoa da princesa D. Maria Angélica Henriqueta de Lorena (1646-1674), filha de Francisco de Lorena, 2º conde de Rieux, Príncipe de Harcourt, e Catarina Henriqueta, filha bastarda de Henrique IV de França.
Maria Angélica casou-se em Paris, em 2 de fevereiro de 1671 com o nobre português D. Nuno Álvares Pereira de Melo, 1º duque de Cadaval (04.11.1638 - 27.01.1727) e foram os pais de D. Isabel Henriqueta de Lorena (Lisboa 1672-1699 Évora).

Maria Angélica faleceu ainda muito jovem e D.Nuno casou-se em Versalhes, aos 25-06-1675, com a princesa Margarida Armanda de Lorena-Armagnac, filha de Luís de Lorena, Conde de Armagnac e de Harcourt, estribeiro-mor de Luís XIV, e de sua esposa Catarina de Neuville, filha do Duque de Villeroy. A princesa Margarida sobreviveu três anos a seu marido, falecendo a 15-12-1730. São seus descendentes: D.Francisco de Melo (1677), D.Catarina de Lorena (1678), D.Luis Ambrósio de Melo (1679), D.Ana de Lorena (1681), D.Eugênia Rosa de Lorena (1683), D.Jaime Álvares Pereira de Melo (1684), D.Álvaro de Melo (1685), D.Joana de Lorena (1687), D.Rodrigo de Melo (1688), D.Filipa Angelina de Lorena (1694).

...e desde essa época encontramos descendentes dos Lorenas na corte portuguesa.


LORENAS E TÁVORAS

Como era comum o casamento entre primos, tios e sobrinhos, naquela época, torna-se bastante difícil o entendimento das descendências. Entretanto, originaram-se no primeiro matrimônio entre Lorenas e Távoras, algumas personagens importantes para a história de Portugal e do Brasil.
D. Joana de Lorena (1687), uma das filhas do Duque de Cadaval com a princesa Margarida Armanda de Lorena, casou-se em 1699, com Bernardo António Filipe Néri de Távora, 2º conde de Alvor (16.08.1681-27.04.1744), filho de Francisco de Távora (1646) e Inês Catarina de Távora (1650) e tiveram os filhos:

Francisco de Assis de Távora (1703), Nuno Gaspar de Távora (1704), Margarida Francisca de Lorena (1707), Inês de Távora (1708), Isabel Teresa de Lorena (1709), Ana de Távora (1712), José Maria Baltasar de Távora (1713), Maria de Távora (1714), Manuel Rafael de Távora (1715), João Batista de Távora (1717), Leonor Tomásia de Távora e Lorena (1719), Bernardo de Távora (1720), Rafael de Távora (1721), Teresa de Távora e Lorena (1723), José Maria de Távora (1726).


Alguns fatos de extrema gravidade, mais tarde, foram decisivos para que os Távoras adotassem o sobrenome Lorena, o qual foi trazido para o Brasil na ilustre pessoa de Bernardo José Maria de Lorena, o 5º conde de Sarzedas.


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