FRANCISCO DE ASSIS E LEONOR TOMÁSIA DE TÁVORA


LEONOR TOMÁSIA DE TÁVORA
3ª marquesa de Távora
 (15-03-1700  - 13-01-1759)

D. Leonor Tomásia de Távora (1700), filha de Luis Bernardo de Távora (1677), 5º conde de São João da Pesqueira, coronel de infantaria e general de batalha, neta do 2º marquês de Távora e 4º conde de S. João da Pesqueira, casado com D. Ana de Lorena (1681), filha do duque de Cadaval, D. Nuno Álvares Pereira de Melo, casou-se em 1718 com seu primo Francisco de Assis de Távora (1703), filho e herdeiro do 2º conde de Alvor, Bernardo Filipe Nery de Távora, e de sua mulher D. Joana de Lorena. D. Leonor herdou os títulos de seus pais e avós, sendo a 6ª condessa de S. João da Pesqueira e a 3ª marquesa de Távora, títulos que também foram concedidos ao seu marido.


 

FRANCISCO DE ASSIS DE TÁVORA 
3º marquês de Távora 
(07-10-1703 - 13-01-1759) 

Tenente-general e vice-rei da Índia, seguindo a carreira militar, o marquês de Távora foi nomeado governador da praça de Chaves, e depois, por D. João V, vice-rei da Índia. Foi o último vice-rei nomeado por este soberano, e o despacho tem a data de 18 de fevereiro de 1750. A 28 de Março desse ano, saiu de Lisboa acompanhado de sua esposa e chegou à Índia a 22 de Setembro, tomando posse do governo que o vice-rei marquês de Alorna lhe entregou, 5 dias depois. Juntamente com ele, foi de Portugal o novo arcebispo D. António Taveira Brum da Silveira. Um ano depois da sua chegada, recebeu-se ali a notícia da morte de D. João V, e o marquês de Távora, depois de mandar celebrar pomposas exéquias em honra do rei falecido, mandou celebrar com grande fausto a aclamação de el-rei D. José I, que tão fatal lhe havia de ser e à sua família. O marquês de Távora encontrara os estados da Índia numa época de relativa fluorescência. O seu antecessor, marquês de Alorna, empreendera campanhas bastante felizes contra o Bounsuló e os Mahrattas, e o marquês de Távora seguindo-lhe as pisadas, mandou uma expedição naval contra o pirata Cananja, que infestava os mares próximos de Diu, tomou lhe a fortaleza de Nerbandal e impôs-lhe respeito queimando-lhe os navios que estavam no porto das Galés. Depois declarou guerra ao rei de Sunda, marchou contra ele com uma esquadrilha bastante poderosa, e assumindo o comando das tropas de desembarque, tomou a praça de Piro e as fortalezas de Ximpem e de Conem, apossando-se também da esquadrilha deste soberano que estava fundeada no rio Carwan. Invadiu depois as províncias de Pondá e de Zambaulim, próximas de Goa, até que o inimigo lhe pediu paz, que o marquês só concedeu depois de obtidas para a coroa portuguesa, altíssimas vantagens. A 18 de Setembro de 1754 chegou de Portugal o seu sucessor, conde de Alva, e o marquês de Távora partiu com sua esposa para Lisboa, onde chegou precedido de grande fama, porque as suas vitórias foram contadas em numerosos folhetos, que exaltavam o seu alto valor. 

Foram seus filhos:

Mariana Bernarda de Távora (1722), Luis Bernardo de Távora (1723), Joana Bernarda de Távora e Lorena (1724), Bernardo António de Távora (1725), Margarida de Távora (1726), Ana de Távora (1727), António de Távora (1728), Leonor de Lorena e Távora (1729), Inês de Távora (1731), Nuno de Távora (1732), Raimunda de Távora (1733), José Maria de Távora (1736).

Luis Bernardo de Távora, 4.º marquês de Távora (1723) se casou em 1742 com sua tia, a irmã de seu pai, Teresa de Lorena e Távora a qual, tornando-se amante do Rei Dom José I viria a atrair a desgraça para a família, após o episódio do suposto atentado ao rei. 


 
LEONOR TOMÁSIA DE TÁVORA 
em azulejos

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