O 5º CONDE DE SARZEDAS.
Retratado em azulejos no monumento Padrão do Lorena na Serra do Mar
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Bernardo José Maria da Silveira e Lorena, 5º Conde de Sarzedas, segundo alguns, seria filho bastardo do Rei D. José I com Teresa de Lorena e Távora. Recluso em um convento juntamente com a mãe, como a maioria dos Távoras que não foram condenados e executados e posto em liberdade, anos mais tarde, teria sido entregue a seu tio D. Nuno Gaspar de Távora que o adotou como filho. Segundo outros, seria ele filho legítimo de D. Nuno Gaspar e de D. Maria Inácia da Silveira, mas pouco se sabe sobre todos eles no período compreendido entre a condenação dos Távoras e sua absolvição por D. Maria I, 19 anos depois. Divergem, também, as informações sobre os locais e datas de seu nascimento e morte. Algumas datam seu nascimento aos 20-04-1758 em Lisboa, outras, aos 20-04-1756 em Campo Grande, Portugal, tendo falecido na capital portuguesa em 1818 ou no Rio de Janeiro em 1819. Segundo Maria José Costa Freire, consta do testamento feito poucos dias antes de sua morte que o 5º Conde de Sarzedas faleceu em Lisboa aos 11-03-1819, e em relação aos seus filhos, transcreve a pesquisadora: “Declaro que me conservo no estado de solteiro e que tenho três filhos naturais chamados Francisco de Assis de Lorena que se acha legitimado, Dona Maria Inácia de Lorena e Dona Francisca de Paula Cândida Felicidade de Lorena que se não acham ainda legitimadas e por isso aquele como este já confirmado por Carta Régia fica sendo...”
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Declara Dona Marianna Angélica Fortes de Bustamante Sá Leme, dama da nobreza paulista, descendente dos Abelhos, Fortes e Bustamantes, que do reino da Andaluzia passaram ao de Portugal e depois para o Brasil na pessoa de Manuel de Sá e Figueiredo, seu avô paterno, em testamento firmado pelos edis paulistanos a 27 de abril de 1799, autos de nº1451 do Cartório do Primeiro Ofício de Órfãos de São Paulo, o que segue: “...e dele (Bernardo de Lorena) tive um filho qual é Francisco de Assis Lorena da Silveira, que se acha na Índia na companhia de seu pai, no serviço de sua Alteza Real, em posto de sargento-mor e ajudante de ordens daquele governo. Em conseqüência do que, declaro que o referido meu filho Francisco de Assis é meu único e forçado herdeiro, e, como tal, o instituo e declaro para receber as duas partes dos meus bens.” Em relação às duas filhas, há controvérsia sobre serem gêmeas ou não e se viveram em Portugal ou vieram para o Brasil.
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Quando a rainha D. Maria I subiu ao trono em 1777, pôs o jovem fidalgo como oficial a seu serviço. Pouco tempo depois, mandou-o para França e Inglaterra. De volta a Lisboa, em 1786, Bernardo José de Lorena recebeu a carta de Conselheiro. Foi nomeado em 19-08-1786, governador e capitão-general da Capitania de São Paulo, função que só assumiu no dia 07-06-1788, nela permanecendo até 28-06-1797, quando entregou o cargo a António Manuel de Melo Castro e Mendonça. Assumiu então o cargo de governador da Capitania de Minas Gerais, em lugar do Conde de Barbacena, até 1805, quando recebeu o título de 5º Conde de Sarzedas. Foi nomeado conselheiro de capa e espada do Conselho Ultramarino, deputado da Junta de administração do Tabaco, e finalmente a 17-09-1806, vice-rei da Índia, onde governou por também nove anos até 29-11-1816.
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ASCENDENTES E DESCENDENTES PRÓXIMOS
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DO CONDE DE SARZEDAS
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D. Nuno Álvares Pereira de Melo (1638)
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1º duque de Cadaval
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casado com
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D.Margarida Armanda de Lorena (1662)
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pais de
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D. Joana de Lorena (1687)
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Casada com
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D.Bernardo António Filipe Néri de Távora (1681)
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pais de
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D.Nuno Gaspar de Távora (1704)
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casado com
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D. Maria Inácia da Silveira (1723)
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pais de
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D. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena (1756)
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5º conde de Sarzedas
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pai de
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D. Maria Inácia de Lorena
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D. Francisca de Paula Cândida Felicidade de Lorena
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D. Francisco de Assis Lorena da Silveira
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11 comentários :
Parabéns! Todos os post a seguir a este são novidade para mim. Não conhecia descendência e as marcas que o conde Sarzedas deixou no Brasil. É fantástico.
Bernardo era primo direito de Pedro Alorna e este dizia dele que "O Bernardo é outro eu". Aliás esta frase está reproduzida no meu livro. Ambos tinham os Pais presos na mesma prisão, onde ficaram sem culpa formada durante 18 anos. Pedro e Bernardo estiveram juntos na Universidade de Coimbra. E mais, mas tem de ver no livro.
Muito obrigado, Norton! Como muitas coisas permanecem obscuras quando se trata dos Távoras, também eu, dizem, tenho um elo de ligação familiar perdido com eles. A idéia deste blog é trazer para o conhecimento das novas gerações de Lorenas, as origens e os grandes personagens que fizeram a nossa história. Em breve estarei relatando os Lorenas do meu ramo, grandes músicos e artistas, que terei muito prazer em apresentar a você. um abraço,
Milton Lorena
sou descendente directa dos Abelho de Portugal,gostei de ler o seu blogue.
beijos
MjA
Prezada MJA (Maria João Abelho?)
Como descendente direta dos Abelho, quem sabe você tenha alguma informação interessante para nosso blog?
...e, obrigado pelo carinho
Sou Portuguesa, descendente directa de Bernardo da Silveira e Lorena, avô de meu avô materno, nascido na Índia e falecido em Coimbra, onde estudou na Universidade de Direito, assim como alguns de seus filhos, meus tios
. Os meus avós tinham inúmeros pertences herdados deste ramo "Távora"de minha família, tais como muitas peças do famoso serviço Companhia das Índias, um retrato a óleo do Bernardo e outros objectos deste meu antepassado. Existem muitas histórias acerca desta família, algumas envoltas em certo mistério. Sempre ouvi dizer que nem todas as famílias "Silveira" ou "Lorena"são necessariamente parentes de Bernardo da Silveira e Lorena. Para nós é certo de que faleceu no Rio de Janeiro. Curiosamente , apresenta imensas semelhanças físicas com um de meus irmãos. Foi um prazer achar este blogue. Cumprimentos a todos. Maria Filomena
Muito obrigado, Maria Filomena
Ficaríamos felizes se você nos contatasse pelo botão Fale Comigo. Nossa curiosidade sobre o ilustre Bernardo não tem limites!
Sou também portuguesa e descendente directa de Bernardo José Silveira e Lorena, 5º conde de Sarzedas.
Na verdade, o seu neto Bernardo Heitor da Silveira e Lorena (filho de Francisco de Assis) é avô da minha Bisavó paterna, Maria Luísa (filha de José Maria da Silveira e Lorena e de Ubaldina Olinda de Lemos Leite de Sousa e Noronha).
O meu Pai nasceu em 1917, ainda na Índia, tal como aí nasceram, penso, a minha Avó e suas duas irmãs.
A minha Bisavó Maria Luísa tinha uma irmã, Tia Maria Leonor, (de quem temos uma fotografia de Macau) e dois irmãos Tios Bernardo e Carlos.
Para além de duas primas, descendentes de uma das irmãs da minha Avó, não conheço outros primos.
Fico feliz em poder encontrar descendentes diretos do ilustre Conde de Sarzedas, que outorgou seu nome à cidade de Lorena, onde moro, e cujo sobrenome adotado por minha família nos esforçamos por honrar. Suas informações são todas muito preciosas e um grande estímulo para o nosso trabalho.
Caro Milton Lorena,
Obrigada pela sua pronta resposta ao meu comentário de ontem.
Graças ao seu blogue fiquei a saber, com entusiasmo, que talvez tenha parentes no Brasil (país a que me sinto emocionalmente ligada e que exerce sobre mim enorme fascínio).
De facto, aí se refere que o 5º conde de Sarzedas possivelmente terá também deixado descendência brasileira, por via das suas filhas Maria Inácia de Lorena e Francisca de Paula Cândida Felicidade de Lorena (meias-irmãs de Francisco de Assis Lorena da Silveira, meu antepassado).
É possível que os Lorena do seu ramo descendam de uma dessas senhoras.
Gostei muito de visitar o seu blogue e perdi-me nele, deliciada, por algumas horas, o que lhe agradeço.
Vou continuar a acompanhar os seus posts com muita curiosidade.
Maria Joana
Prezada Maria Joana
Tudo que se refere aos Lorena, seja em Portugal ou no Brasil, é sempre do nosso maior interesse! Caso você deseje uma comunicação direta, acione o botão FALE COMIGO. Quem sabe podemos trocar outras informações e que mais nos aproximem?
abraços
As primeiras gerações da numerosa descendência de Dom Francisco de Assis da Silveira e Lorena em São Paulo estão descritas na Revista do Arquivo Municipal, v. 64, p. 135 a 138.
Luiz Haroldo Gomes de Soutello
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