LITERATURA DE NELSON LORENA
Patrono Eternal da Cadeira Nº.13 da Academia Valeparaibana de Letras.
O acervo literário de Nelson Lorena compreende cerca de quatrocentas crônicas sobre história, ciências, crítica, política, filosofia, religião e temas do cotidiano, escritas entre 1977 e 1990. A matéria de hoje foi publicada no Jornal “O Cachoeirense” Ano XI, edição nº.539, de 18 a 24 de abril de 1988.
UM CACHOEIRENSE CONDECORADO PELA UNESCO
NELSON LORENA
Há vários anos já escrevíamos, como é simples o amanhecer das grandes coisas: o Sahara, com milhares de quilômetros quadrados começa com um grão de areia. O nosso Amazonas, o maior rio do mundo em volume de água nasce em pequenos olhos d’água, a maior expressão humana de todos os tempos veio ao mundo sobre as palhas de uma humilde manjedoura, as longas caminhadas se iniciam com um simples e vacilante passo...
Há, mais ou menos, setenta anos, ficava a residência do Sr. João Thomaz, onde atualmente existe uma quitanda e, quando por ali passávamos, observamos um menino de aproximadamente uns cinco anos de idade, calças curtas, cabelos à Joana D’arc, estudando rudimentos de piano. Era, Geraldo Rocha Barbosa, filho de nosso professor Barbosa, saudoso amigo. Nascido em lar humilde e simples, seu destino seria como o das grandes coisas! Aos doze anos, sua tia Idalina, laureada com a Medalha do Imperador, o levaria para o Rio de Janeiro onde, considerado pela crítica como menino prodígio e outros adjetivos que caracterizam os “gênios”, Geraldo Rocha Barbosa inicia sua escalada para a glória do mundo e orgulho da terra onde seus olhos se abriram pela primeira vez.
E, como um meteoro de luz, arte e talento, iluminou o Brasil e o mundo artístico. Internacionalmente reconhecido como um dos maiores valores culturais , a UNESCO, Organização Cultural Científica e Educacional das Nações Unidas, por intermédio do cônsul internacional de La Dame de Paris, condecorou-o com a medalha de “Hora ao Mérito”, pelos serviços prestados à cultura ao longo de sua vida.
Cachoeira Paulista e, particularmente, o Jornal “O Cachoeirense” o saúdam desejando-lhe paz e prosperidade, orgulhosos do filho e amigo.
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Ao professor e jornalista, José Maurício do Prado, ex-diretor proprietário do jornal “O Cachoeirense”, os nossos agradecimentos pelo acesso aos originais.
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A ARTE DE NELSON LORENA
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